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Mostrando postagens de agosto 13, 2023

Homenagem ao meu pai João

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Os tipos de *pai, cada época: Meu pai nasceu em 1940. Quando eu nasci ele tinha 30 anos. Tinha paixão pela REFFSA. Era desdendente de imigrante alemão. Não passava a mão em nossa cabeça. O professor e o vizinho tinham sempre razão; eu já reconhecia sua linguagem corporal: seu olhar, seus passos e os gestos de suas mãos. Estávamos sempre em Trânsito: viajando: Lapinha, Iramaia, Iaçu, Feira de Santana, Barrocas e Marcionilio Souza. Dinheiro ele nunca nos dava porque tinha a *bodega pra nós comprarmos de brandão, a migué, quer dizer: muito e pra escolher. Na concepção dele era muito melhor que um dinheiro contadinho e pra nós o dinheiro contado na mão era mais importante. Nós comprávamos na nota, ou seja, na famosa *caderneta. Quando ele passava o rabo de olho na gente era sinal que teríamos castigo depois: uma surra ou ficar de joelhos com a cara virada pra parede. Suas maiores preocupações: -se tinhamos um teto; -se os armários estavam cheios e -se as contas estavam pagas; -nós na es