Homenagem ao meu pai João

Os tipos de *pai, cada época: Meu pai nasceu em 1940. Quando eu nasci ele tinha 30 anos. Tinha paixão pela REFFSA. Era desdendente de imigrante alemão. Não passava a mão em nossa cabeça. O professor e o vizinho tinham sempre razão; eu já reconhecia sua linguagem corporal: seu olhar, seus passos e os gestos de suas mãos. Estávamos sempre em Trânsito: viajando: Lapinha, Iramaia, Iaçu, Feira de Santana, Barrocas e Marcionilio Souza. Dinheiro ele nunca nos dava porque tinha a *bodega pra nós comprarmos de brandão, a migué, quer dizer: muito e pra escolher. Na concepção dele era muito melhor que um dinheiro contadinho e pra nós o dinheiro contado na mão era mais importante. Nós comprávamos na nota, ou seja, na famosa *caderneta. Quando ele passava o rabo de olho na gente era sinal que teríamos castigo depois: uma surra ou ficar de joelhos com a cara virada pra parede. Suas maiores preocupações: -se tinhamos um teto; -se os armários estavam cheios e -se as contas estavam pagas; -nós na escola. Eu nasci em 1970 e apanhei muito e não guardo mágoas do meu pai. Se Deus me permitisse ressuscitar alguém seria ele. Por isso, por esse e todos os outros dias homenageio o meu pai com suas características e mostrar que com o tempo o relacionamento de pais mudam e se ele tivesse vivo minha relação com ele seria bem moderna. Ele teve um celular por causa da minha irmã Sofia, era da operadora *Vivo. No entanto fui eu quem me preocupei com o inverno e dei-lhe um cachecol e um diploma de Professora. Se meu pai tivesse vivo eu certamente não veria a diferença de tempo. Tenho orgulho do meu pai. Era forte como o trovão aquele pai chamado *João. Eis sua foto. Feliz dia dos pais:

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