É um novo dia e a minha vizinha me inferniza com as músicas pantaneira dela. Até parece que ela sabe do meu calcanhar de Aquiles. Por que não ouve assim um eterno "Raul Seixas". Por que não ouve as músicas que me agradam? kkkkkkkkkk Eu conheci o Raul com meu pai e depois passei a me deliciar com Galdino, um amigo do meu marido. Ela curte Raul. Ouvir músicas pantaneiras me fazem mal. Me lembram de coisas que quero esquecer. Eu sei que todas as psicólogas que fui me traíram... Elas ajudam de uma forma estranha. Revivendo o "inferno". Será que é Raul que tá cantando? Não sei! Eu duvido de tudo e de todos... Meu lema é duvidar de tudo: Do céu, do inferno, do purgatório, do discurso empolado e cristão, do ateu, do cético, do sábio, do idiota, até de mim... Vou morrer não tendo certeza de nada. Apenas que sairei desse mundo e vou para que lugar eu não sei. Apenas deixarei meu corpo sem vida e ficará apenas o que fui: Ninguém! Passei a vida lutando pra ser alguém: Um professora, uma escritora, sei lá. Alguém importante. Mas quem não tem lá seu valor? Somos um sopro... Os mais ricos, os mais renomados, os mais carentes, os mais amados, os mais queridos, os mais pobres: Todos tem sua importância e lugar no mundo, inclusive eu. E assim vou levando minha vida de altos e baixos, me arrastando com a barriga pra ver se consigo um pouco mais de dias. Quisera Deus fazer comigo o que fez com Ezequias, mais quinze aninhos a cada ano que eu completar minha idade. Que não me falte palavras, temas, assuntos, tópicos, maneiras, estilos, jeitos de falar. Que seja plagiando alguém ou tentando buscar um jeito só meu, até a minha morte. Tenho um pouco de Moll Flanders, Ana Karenina, Luíza, Capitu, Vigília, Helena, e tantas outras da Literatura Universal. Que eu seja imoral, amoral ou moralista...Não importa! Que eu viva à vida do meu jeito com os meus ideais: às vezes tão bons, outras vezes tão egoístas, um pouco otimista, outras horas pessimista, que eu tenha dentro de mim O Capital kkkk e não me falte O Socialismo. Sempre que eu precisar. O que dói é viver sem causa, sem ideais, sem objetivos e humilhada. Isso prova que não é vida, é vegetar... Porque só eu penso e sonho, me decepciono e erro. Só eu me assusto com grandes catástrofes, e com a imbecilidade humana. Sou uma menina, sou uma mulher, sou terrena, sou divina, sou aceita sou renegada... Nada disso importa nesse momento, importa que eu seja com verdade! Mas que somente eu saiba e sinta e que ninguém vai entender... Eu me basto!

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